A pesquisa visa investigar quais os principais desafios dos gestores da educação infantil face às novas exigências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) a partir da observação da política implementada em suas práticas curriculares. Os objetivos são: a) Investigar o trabalho de gestores da educação infantil frente às propostas curriculares; b) Aprofundar o conhecimento teórico acerca do trabalho do gestor da educação infantil; c) Aprofundar o conhecimento teórico acerca das políticas curriculares elaboradas nos últimos anos; d) Identificar as concepções dos gestores acerca do trabalho desenvolvido frente às inovações curriculares às quais são submetidos; e, e) Analisar as implicações do processo de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no trabalho do gestor. Optou-se pela pesquisa bibliográfica - fontes primárias e secundárias-, e uma pesquisa empírica através de entrevistas realizadas com gestores de duas instituições de educação infantil do município de Angicos/RN. A pesquisa bibliográfica teve como propósito a demonstração das principais causas da precarização do trabalho do gestor, referenciada nos estudos de Oliveira (2010); Martins; Neves (2015); Araújo (2017). Na BNCC buscou-se a identificação das novas demandas exigidas aos profissionais da educação infantil, especialmente, no “Guia para gestores escolares”. Para subsidiar as entrevistas com os gestores foram feitas leitura dos Projetos Político Pedagógico (PPP), das escolas investigadas, para verificar as principais demandas de trabalho que eles atribuíam aos gestores frente às inovações curriculares trazidas pela BNCC. Como resultados identificamos alguns desafios enfrentados pelos gestores que podem ter sido intensificados com a homologação da BNCC, tais como, o distanciamento das exigências da BNCC com a realidade das escolas públicas; as escassas oportunidades de formação continuada para os professores, principalmente no que se refere ao uso de tecnologias da informação e da comunicação; pouca disponibilidade de tempo para um planejamento efetivo em que se discuta as demandas trazidas pela BNCC; ausência de um vice-diretor na gestão escolar, o que acarreta sobrecarga nas demandas de trabalho de um dos gestores; aprendizagem das crianças por meios de recursos tecnológicos. Como conclusão, temos que, as novas orientações da BNCC implicam em um aumento de demandas no trabalho do gestor, bem como, apresenta inovações, que muitas das vezes não poderão ser alcançadas, seja pela falta de infraestrutura das escolas públicas, que possuem poucos recursos tecnológicos, que precisam ser compartilhados pelos estudantes e pelos professores tornando precarizado o uso desses recursos, seja pela própria estrutura do sistema de ensino que desconsidera a realidade das diferentes regiões do pais. A contribuição da pesquisa se deu na compreensão dos desafios que os gestores da educação infantil enfrentam para atender às demandas da BNCC e que, apesar de todas essas dificuldades, os gestores são profissionais que buscam atender e cumprir com as normativas estipuladas para a educação infantil de maneira positiva. Com esta pesquisa pretende-se contribuir com as discussões e reflexões acerca da precarização do trabalho do gestor da educação infantil.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas